Eu sou uma máquina.
Eu sou uma máquina de sentir saudades, feita para destruir.
Eu destruo, arruíno, extermino, aborto tudo.
Depois, produzo saudades de vários tons.
Com freqüência produzo saudades em tons pastéis com lágrimas vermelhas.
Depois de destruir, arruinar, exterminar, abortar, tudo, eu cato os cacos no chão.
Tento em vão ser uma máquina inteligente e refazer tudo de novo.
Mas nem sempre o que sobrou se encaixa, algumas peças viram pó, e nem as lágrimas, produzidas com a saudade, conseguem moldar em novas peças a poeira do que sobrou.
Eu destruo, arruíno, extermíno, aborto, tudo.
Sou uma máquina que só sabe desfazer, produzir saudades com lágrimas e poeira.
Eu não tenho serventia. Uma tevê faz mais companhia.
domingo, 10 de junho de 2007
Poesia sem serventia
Postado por Lado B às 13:27
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3 comentários:
Lindo! profundo! foi você que fez..
??
www.danielll2.blogspot.com
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